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CEAR inicia implantação de bolsas do programa MAI/DAI aprovadas no último edital
O Centro de Energias Alternativas e Renováveis da Universidade Federal da Paraíba (CEAR/UFPB) deu início, neste mês de agosto, à implantação de 04 bolsas de mestrado e 08 de graduação do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação – MAI/DAI, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. As bolsas, implantadas por meio de editais nos programas de pós-graduação, são decorrentes de propostas aprovadas no edital 009/2024 do CNPq, publicado em novembro do ano passado.
O programa do CNPq é direcionado a fortalecer a pesquisa, o empreendedorismo e a inovação nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), por meio do envolvimento de estudantes de mestrado e doutorado em projetos de interesse do setor empresarial, mediante parceria com empresas, denominadas "empresas parceiras", no propósito de fortalecer os Sistemas Regionais de Inovação.
No CEAR, os temas dos projetos de mestrado contemplados no último edital lançado, ofertados pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE), foram: "Avaliação de cibersegurança em estações de tratamento operadas remotamente a partir de Contêiner de Estação de Tratamento de Águas Residuais", que tem como empresa parceira a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa); "Pesquisa & Desenvolvimento de firmware de boot para laptop com interface para duas telas", cuja empresa parceira é a Alpha Tecnologia e Inovação LTDA; "Pesquisa & Desenvolvimento de carregador de notebook USB-C", também com a empresa parceira Alpha Tecnologia e Inovação LTDA; e, por fim, "Desenvolvimento de um Assistente Inteligente para Otimização Energética da Fábrica de Vidros Vivix", cuja empresa parceira é a Fábrica de Vidros Vivix.
Para cada bolsa de mestrado, o dobro de bolsas de graduação (iniciação científica) são concedidas. Por meio do programa MAI/DAI, o CNPq financia bolsas de mestrado por 24 meses, de doutorado por 48 meses e de graduação por 12 meses. Além disso, as empresas parceiras arcam com uma contrapartida financeira mínima no valor de R$ 12 mil para custeio dos projetos. Com isso, espera-se que, ao final do curso, além da produção científica, sejam gerados produtos ou processos inovadores que possam ser aplicados no setor empresarial público/privado paraibano.
Nos editais anteriores do MAI/DAI, foram implantadas no CEAR 03 bolsas de mestrado no ano de 2022 e 05 bolsas de mestrado em 2020.
O representante institucional do programa MAI/DAI na UFPB, professor Juan Moises Mauricio Villanueva, do Departamento de Engenharia Elétrica/CEAR, ressaltou a relevância do programa para desenvolver pesquisas aplicadas e integrar a academia à indústria. A iniciativa promove inovação, uma vez que são desenvolvidos produtos e soluções especializados que não são encontrados no mercado.
“Esse nível de especialização, que nós como universidade conseguimos fornecer, e os financiamentos do CNPq e das empresas permitem desenvolver esse tipo de solução”, afirmou o professor. Ademais, segundo o docente, além de criar formas e ambientes de empreendedorismo na região, os projetos de mestrado e doutorado acadêmicos podem dar origem a startups.
Segundo o aluno de mestrado Mateus de Sousa, integrante da equipe do projeto que objetiva desenvolver o Assistente Inteligente para Otimização Energética para a fábrica de vidros Vivix, o sistema proposto utiliza modelos de linguagem e de inteligência artificial que devem ser armazenados de forma acessível ao usuário do assistente. Portanto, ele avalia que o financiamento do CNPq é fundamental para os investimentos necessários ao desenvolvimento desses projetos. “Nós temos que utilizar um banco de dados extremamente eficiente e, muitas vezes, temos que fazer um investimento para acessar ferramentas pagas que são muito melhores do que aquelas open source”, esclareceu Mateus.
Já o estudante de graduação Ronaldo Ribeiro, do curso de Engenharia Elétrica, faz parte do projeto desenvolvido em parceria com a Cagepa intitulado “Avaliação de cibersegurança em estações de tratamento operadas remotamente a partir de Contêiner de Estação de Tratamento de Águas Residuais”, juntamente com o mestrando Stanley Obiadika, da Nigéria. Ronaldo destacou, entre as tecnologias relevantes no projeto, a integração de inteligência artificial para garantir segurança e eficiência. “Por exemplo, temos uma malha de filtração que utiliza ferramentas de controle de PH da água, então, qualquer distúrbio, invasão ou ataque pode modificar esse PH e trazer um problema gravíssimo, explicou.
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Texto e imagens: Aline Lins